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domingo, 30 de agosto de 2009

Silêncio-  Tela de Füssli


Só! Sem bonança dança, luz, ó luz!
Na solidão perpétua do viver...
Só! Com medo segredo, cruz, ó cruz!
No luto eterno deste alvorecer...


Só! Sem amor calor, alguém, ó alguém!
Na necrópole lúgubre e perdida...
Só! Com sombra que assombra, alguém, ó alguém!
Na floresta sangüenta desta vida...
 

Só! Chorando exalando negro sangue,
Sangue horrendo, infeliz, morto e ruim,
Morto e ruim querendo amor e dó,

Dó e caritas, amor, tudo tão só.
Só! Sem cor, sem ninguém, sem luz, sem fim!
Afundando-se neste rubro mangue...

 
Rommel Werneck

NOVO ENDEREÇO DO BLOG POESIA RETRÔ:

sábado, 15 de agosto de 2009

APRESENTAÇÃO

ESTOU MUITO FELIZ EM FAZER PARTE DO BLOG DESTE MEU GRANDE AMIGO BRENO FILTH AGORA DEIXE-ME ME APRESENTAR



DEIXE-ME ME APRESENTAR

SOU MALFADADO, INSANO, POETA
DESPROVIDO DE AMOR OU SORTE
SOU QUEM DA VIDA
NÃO TEVE AMIGOS
SOU QUEM DA VIDA
NÃO SOUBE AMAR
POIS SOU A SOMA
DE MINHAS MAZELAS
DAS MINHAS DORES
DO MEU PESAR
POIS NÃO SOU SANTO
E NEM DEMONIO
SOU MINHA VIDA
SOU MEU SONHAR
DILACERADO POR SOFRIMENTO
ENCARCERADO PELO O MEU MEDO
SEGREGADO SEMPRE A VAGAR
ESSE SOU EU
ESSA É MINHA VIDA
O MEU SONHAR
O PESADELO DE QUEM
NÃO SOUBE AMAR.

FELIX RIBAS

POSTAREI AGORA O POEMA MEU QUE CONSIDERO DE MAIOR QUALIDADE

FIM


AO ENTARDECER DE MAIS UM DIA

SINTO O ARTICO FRIO DESTE INVERNO

AO LONGE OUÇO O SOM DOS GONDOLEIROS

E DAS MASMORRAS DOS GRILHÕES DOS PRISIONEIROS

APRISIONADO EM MEUS SONHOS NESTE QUARTO

A VEJO EMOLDURADA EM MEUS PENSAMENTOS

ENTÃO FUJO DESTE MUNDO DE AGONIA

E ME PERCO EM UM MUNDO DE ILUSÕES

POBRE ALMA CORROMPIDA EM INSANIDADE

DEFINHANDO DESPROVIDA DE AMOR OU SORTE

COMPANHEIRO APENAS O COPO DE CICUTA

A ESPERA DA ANESTÉSICA MORTE

PARTO AGORA SEM DEIXAR BENS E NEM HERDEIROS

DEIXO APENAS UMA MOEDA AO BARQUEIRO

AQUI LHES MANUSCRITO MEU TESTAMENTO

AOS ABUTRES E CHACAIS DEIXO MINHA PUDRICA CARCAÇA

E A HUMANIDADE MEUS POEMAS DE EXEMPLO.

FELIX RIBAS

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Cortejo Fúnebre

quando o sol está morrendo
e o cortejo fúnebre das andorinhas
se vai por entre as nuvens
pintadas de morte...

eu fico aqui contemplando
o horizonte
com os meus olhos
em forma de crepúsculo...

ah, o entardecer se abateu sobre mim...
e não há sequer
sombra de minha aurora...

mas sei que um dia as andorinhas
hão de me levar
e estarei contente junto as nuvens e as estrelas...


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Uma dúzia de rosas vermelhas, querida...




Numa lápide do cemitério,
Deixaram envoltas em fitas,
Uma dúzia de rosas vermelhas.
A foto era amarela e antiga,
Inscrição apagada, descolorida.
Provavelmente uma namorada,
Um amor que se foi...


Eu nunca ganhei rosas vermelhas.
Como invejei aquela morta,
Que mesmo estando deteriorando,
Se fazia desejada, amada, lembrada
E eu aqui mofando... Em vida!
Uma alma fúnebre que respira
E nunca ganhou rosas...


Peguei as fitas e joguei,
Uma a uma, no túmulo ao lado.
Cada botão de rosa que eu tocava
Morria, murchava condenado
A ser um morto - vivo despeitado,
Como meu coração ali se mostrava,
Um mero órgão desapaixonado...


E a foto da inscrição apagada,
Verteu duas lágrimas caladas,
Longe da percepção humanamente sentida
Chorou por ter em morte gesto tão pleno de vida
__Uma dúzia de rosas vermelhas querida!
E nem percebeu que haviam lhe roubado,
Nem as flores, nem as fitas...


Disso aprendi que o que vale
Não são as rosas que por ventura receba,
Mas o amor que por certo distribua,
Que faça, mesmo em morte, ser lembrada,
Mesmo depois de deteriorada,
Continuar a ser desejada e querida.
Isso é só para os que foram plenos em vida!


Me Morte