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sábado, 5 de setembro de 2009

INSANA BABEL




IMPURAS PROLES HUMANAS
TOLOS SANGUINÁRIO
CANIBAIS RECRUSIANOS
VOS SE ALTO CONDENAM
A UMA PUDRICA EXISTÊNCIA
ABASTADA PELO CAOS
A ESPERA DE UMA
DIVINA INTERVENÇÃO
PERDIDOS EM SEU
MEDO E SIMONIA
A CADA DIA MAIS LONGE DA LUZ
E MAIS PERTO DAS TREVAS
ACORRENTADOS AOS
GRILHÕES DO MODISMO
ENCARCERADOS POR
POLITICAS ESCRAVISTAS
VOS SOIS REPONTADOS
COMO GADO AO ABATE
QUISESTES SER COMO DEUSES
SEREM MAIS QUE DIVINOS
ROTOS, ARROGANTES
TORNARAM-SE
NEVANDOS, LASCIVOS
A CORROER SUA PROPLIA SANIDADE
TIVERAM NA TERRA O PARAÍSO
MAS O TRANSFORMARAM NO INFERNO
AGORA SUCUMBEM NO LIMBO ESPECTRAL
DESSA DESUMANA BABEL
QUE VOS MESMO CRIASTES.

FELIX RIBAS

AREIAS DO TEMPO




PAIRO NESSE MUNDO DE SERPENTE
INSOSSO A VAGAR EM DESALINHO
ABUTRECIDO PELAS ADAGAS DO TEMPO
A ESPERA DE MINHA ÚLTIMA QUIMERA
SOB O CÁRCERE DE MINHA INSENSATEZ
ACORRENTADO EM UM DESERTO DE ILUSÕES
SOB DANTESCA MALIFICÊNCIA
PANTEIO MEUS SONHOS AGORA E MORRO
PARTO SEM ÓBOLOS A DEIXAR
A ESSE DESUMANO TORPE MUNDO
QUE GUILHOTILHOU-ME MEU VIVER
EM CONVIVÊNCIA DE HARPIAS E CHACAIS
APÓS ALGUSTA MAS FUNERIA EXISTÊNCIA
ENTREGO MINHA ESFACELADA ALMA
MERGULHO NO AQUERONTE DE MINHA MORTE
POSSO ENFIM VER A LUZ EM MEIO AS TREVAS
ADENTRO AOS PORTAIS DE HADES
SOU CONDUZIDO POR INCUBOS A TÁRTARO
NAS PROFUNDEZAS JUNTO AOS TITÃS
TORNO-ME DEMÔNIO DE MIM MESMO
ALMA MELANCÓLICA, PAGÃ
A ESPERA DE UM NOVO AEON
PARA COMO XAMÃ DE NECROMANTICAS TREVAS
TORNAR-ME IMPERIAL SACERDOTE
NO REINO DE APEP.

FELIX RIBAS

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

†††Poetisa†††





Eu sou tétrica!
Eu sou triste!
Eu sou a Poetisa do Portal
Sou o que não posso ser
O mundo é feio!
Eu tenho coragem para dizer!
A vida e sádica
Encaro a Morte como amiga
Para ser feliz
Para ser Vida!



Me Morte
A Lenda do Corpo SEco
www.biblioteca24x7.com.br

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

o sol vai clareando...


o sol vai clareando
as flores e as folhas que se desfazem
ao meu caminhar...
ando por vielas onde o sol não ilumina
e nem a luz da fé reluz...
é só penumbra e angustia, e todas essas pessoas aqui
só me fazem pensar que viver é não olhar para o horizonte...
caminho sem olhar para os lados.
entre terços, velas e números meus olhos se perdem:
labirinto sem fim é a vida
como esses muros de pão e vinho
e ares de medo entre o desconhecido e a esperança...
aqui não nascem flores, nem eu caminho feliz
mas mesmo assim miro meus olhos
no infinito e vou...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

PÁLIDO PECADO

                                                            Pecado- Franz von Stuck

PÁLIDO PECADO





Oh! Pálido Pecado da gris Morte
Numa misteriosa e bela dança!
O jogo dos olhares... Esperança!
O movimento quente, lindo e forte...

Oh! Pálido Pecado que em mim lança
Fascínio, sedução... Oh falsa sorte
Que me deixa sem luz, céu, vida e norte!
Maldita e imaculada! Triste dança!

Oh! Pálido Pecado... Juventude...
Dança, dança, divina grã-beleza!
Dança, dança, lasciva grã-pureza!



Dança sem fim, desejo atormentado...
Virtude escura... Pálido Pecado...
Oh! Pálido Pecado de virtude!

ROMMEL WERNECK

 
VÍDEO Pálido Pecado
 
MINHA PÁGINA NO RECANTO DAS LETRAS
POESIA RETRÔ, A POESIA DE SEMPRE:


COMUNIDADE ROMMEL WERNECK
COMUNIDADE POESIA RETRÔ
BLOG BENEFICENTE:

Punhais{Som da Harpa)




Lembrai-vos dos punhais gelados
Que uma vez fora enfeado
Em um coração guardado
Pela dor e amor jamais esperados

Agora sim! Lembro-me do arpejo
No final do vale do desejo
O doce som que a morte tocava,
Como um lindo chamado à cova...

Lembrai-vos dos punhais gelados?
Ainda entalhado na carde de um poeta
Mal amado, ainda um pouco amargurado
Ainda passo a admira as violetas

Do jardim feito ao redor do meu tumulo
Que jaz um acumulo
De lágrimas avermelhadas
A esperar-te nas estradas

Do doce som da harpa
Tocada por um anjo coveiro...
Breno Filth