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sábado, 3 de outubro de 2009

Uma tarde de mim


em uma tarde de mim

me deitei sob a sombra dos meus sonhos
e a luz em meu rosto, dourada...
dourada era a cor que clareava meus olhos
por entre as folhas da tarde vazia...
cansado... o vento cortante das brancas
e singelas memorias do ar de mim mesmo e de vocês...
lágrimas retintas e revivas em meus olhos agora
perfume... perfume que o ar traz e desfaz,
que os olhos vêem e não vêem,
que a alma toca e se vai...
em mim... tarde dourada nos braços de Dezembro
pingos e vidas como meras flores
perfumando o ar...

..esse poema eu dedico às pessoas que procuram
o que existe entre o número um e o número dois..



4 comentários:

Breno Filth disse...

não sei pq me deu vondade de escreve...poema bem leve,me lembro uma tardezinha...

Jefferson de Anglesorath disse...

é incrível como algumas pessoas
conseguem ver beleza e até alegria
em coisas tristes, coisas aparentemente morbidas.
me assusto cada vez que lembro
dessa tarde aí.
e mesmo estando no meio
de "pingos e vidas", eu me sentia
bem e acho que acabei passando isso pro poema.

muito obrigado por comentar!!!

Breno Filth disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Breno Filth disse...

Isso vem de mim, em ver beleza em algo triste, não que eu goste de ver a tristezas das pessoas, mas é isso que nos deixa mais perto do poeta, sentir o que ele sente, nem que por um minuto sentir a tristeza que ele sentiu, isso torna o poema belo porque o coração dele estava ali! naquele poema, e que não foi meras palavras dispensada ao ar...

desculpe-me pelo grande texto...